Cuidados
Mitos e verdades na hora de adaptar um pet com outro
10/04/2024

Introduzir um novo pet na família é uma jornada emocionante, mas que pode vir acompanhada de várias incertezas e dúvidas. Se já existe outro animal na casa, podem surgir dúvidas sobre como fazer a adaptação de gato ou adaptação de cachorro com o novo amigo.


Este conteúdo foi cuidadosamente preparado para esclarecer equívocos comuns e oferecer informações valiosas que auxiliarão os tutores a compreender melhor o processo de adaptação entre pets.


A seguir, confira os principais mitos e verdades na hora de adaptar um pet com o outro e faça a paz reinar na sua casa!


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A introdução do novo pet deve ser gradual

Verdade! A introdução gradual é fundamental para uma adaptação bem-sucedida entre pets. Isso permite que os animais se acostumem com a presença um do outro de maneira controlada, reduzindo o estresse e a agressividade. 


De acordo com o veterinário Bruno Picoloto, em entrevista ao portal G1: “O primeiro passo da adaptação é separar um cômodo na casa para o novo morador, preparando previamente esse local com acessórios como cama, comedouro e bebedouro. Após preparar o novo cantinho, deixe que o pet já residente cheire os novos acessórios e reconheça o ambiente, mas sempre evitando que ele use os novos acessórios”.(1)


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Ao fazer a adaptação de gato ou cachorro, deve-se ter respeito ao espaço individual do pet

Verdade! Respeitar o espaço de cada animal é crucial. Os pets estabelecem territórios e podem reagir negativamente se sentirem que seu espaço está sendo invadido. 


Como afirma Picoloto: “Em muitos casos, pode haver uma disputa por território entre eles. E, às vezes, o dono também é considerado parte do território”. (2)


Logo, oferecer áreas separadas para comer, dormir e fazer as necessidades ajuda na adaptação.


Cães e gatos são incompatíveis e não podem viver juntos

Mito! Existe o mito de que alguns animais são naturalmente incompatíveis, como cães e gatos. Porém, isso não é verdade, como explica a bióloga e adestradora Paula Emmert.


De acordo com essa especialista, canídeos e felinos são predadores que diferem quanto ao tipo de presa e de caça. Ou seja, cachorros e gatos não chegam a competir na natureza, o que se mantém no ambiente doméstico.


Na realidade, com a abordagem correta, a maioria dos animais pode aprender a conviver pacificamente. O comportamento dos pets depende muito da sua personalidade, histórico e da forma como são introduzidos uns aos outros. (3)


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As primeiras interações devem ser monitoradas

Verdade! O monitoramento cuidadoso durante as primeiras interações é essencial para prevenir brigas e entender a dinâmica entre os animais. 


Isso também ajuda a identificar sinais de estresse ou desconforto, permitindo intervenções rápidas se necessário.


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Há diferenças na adaptação de gato com gato, cachorro com cachorro e gato com cachorro

Verdade! Para cada situação em específico devem ser considerados alguns fatores como:


  • Gato com gato: Os gatos podem ser territorialistas, então a introdução deve ser extremamente gradual, começando pelo cheiro e seguindo para o contato visual protegido;

  • Gato com cachorro: a natureza curiosa dos gatos e a energia dos cachorros exigem supervisão. Iniciar com distância e aumentar gradualmente a proximidade sob vigilância pode facilitar a aceitação;

  • Cachorro com cachorro: a compatibilidade pode variar muito. É importante considerar a energia e o temperamento dos cães, introduzindo-os em um ambiente neutro inicialmente.

É preciso ter atenção com alguns sinais

Verdade! Agressividade, recusa em comer, e comportamento excessivamente recluso são sinais de que a introdução pode não estar indo bem.


Logo, providenciar locais seguros e confortáveis para cada pet se refugiar é essencial. Observar a linguagem corporal e intervir antes que uma situação de estresse evolua para agressão também é crucial.


Ao seguir essas dicas, você terá mais facilidade ao adaptar um novo pet ao seu lar, sem causar grandes transtornos para o bichinho que já vive em sua casa. Temos a certeza de que em poucos dias eles estarão se dando super bem e serão melhores amigos, basta ter paciência.


Fique por aqui! Leia agora o nosso conteúdo que fala sobre treinamento positivo e apresenta técnicas para ensinar comportamentos desejados ao animal




Referências:

(1) (2) PICOLOTO, Bruno. Como adaptar um segundo pet ao lar? Veterinário dá dicas para quem quer ter um novo companheiro em casa. [Entrevista concedida a] SILVA, Ricardo. G1, 16 jun. 2022. Disponível em: <https://g1.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/mundo-pet/noticia/2022/06/16/como-adaptar-um-segundo-pet-ao-lar-veterinario-da-dicas-para-quem-quer-ter-um-novo-companheiro-em-casa.ghtml>. Acesso em: 27 mar. 2024.


(3) EMMERT, Paula. Gatos e cães não são inimigos naturais; convivência depende dos hábitos adotados pelos donos. [Entrevista concedida a] REDAÇÃO. Uai, 11 jan. 2014. Disponível em: <https://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2014/01/11/noticias-saude,193135/gatos-e-caes-nao-sao-inimigos-naturais-convivencia-depende-dos-habito.shtml>. Acesso em: 27 mar. 2024.
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