19/02/2024
No mercado pet, cada detalhe pode ser o diferencial que atrai e retém clientes. Por isso, gestores e proprietários de pet shops, agropecuárias e clínicas veterinárias estão sempre em busca de inovações que cativem o público. O marketing sensorial é algo que se destaca nesse sentido.
Os aromas e as texturas, por exemplo, podem evocar emoções e incentivar interações entre os pets, os tutores e os estabelecimentos da área. A seguir, falaremos mais sobre o tema, para que você possa explorar o marketing sensorial no seu negócio. Fique conosco!
Marketing sensorial: o que é e como se aplica no setor pet
Conforme explica a pesquisadora Tatiana Benites: “O marketing sensorial utiliza como base o estudo dos cinco sentidos e as estratégias de como empregar esses recursos para marcas e lojas, através da persuasão das pessoas em ambientes de compra, gerando-lhes experiência, o que permite que os clientes mantenham as marcas ou os ambientes na memória”. (1)
No setor pet, essa abordagem ganha uma camada adicional de complexidade e fascínio, pois não visa apenas capturar a atenção dos tutores, mas também a dos próprios pets.
Afinal, os animais têm sentidos aguçados, especialmente olfato e audição, que são cruciais em suas percepções e comportamentos.
Utilizando-se dessa premissa, o marketing sensorial se expande para criar ambientes e produtos que não só agradam esteticamente aos tutores mas também envolvem os pets.
Por exemplo, o uso de aromas específicos pode acalmar um animal de estimação em uma clínica veterinária ou atrair sua atenção em uma loja de produtos pet.
Da mesma forma, texturas e sons específicos podem ser incorporados em brinquedos e acessórios, incentivando a interação e o engajamento dos pets.
Leia também: Tendências em produtos para pets: atualiza-de sobre as últumas novidades do mercado para 2024.
Explorando os 5 sentidos de pets e tutores no PDV
Explorar os cinco sentidos de pets e tutores no ponto de venda (PDV) é uma estratégia inovadora que pode transformar completamente a experiência de compra em pet shops, agropecuárias e clínicas veterinárias.
A integração sensorial no ambiente de vendas não apenas cativa os clientes, mas também cria uma conexão emocional profunda com a marca. Veja algumas dicas para explorar cada um dos cinco sentidos:
Olfato
O sentido do olfato é extremamente desenvolvido nos animais e tem um impacto significativo em seu comportamento e percepção.
Nos cães, por exemplo, o órgão olfativo situa-se na região posterior aos olhos, abrangendo metade do espaço interno nasal. A sensibilidade é tão extraordinária que habilita os cachorros a detectar aromas que o nariz humano jamais conseguiu perceber. (2)
Sendo assim, os pet shops e as agropecuárias podem utilizar aromas de alimentos para atrair a atenção dos pets, enquanto a atomização do ambiente com fragrâncias suaves pode criar uma atmosfera acolhedora para os tutores.
Implementar um perfume exclusivo nos pets após o banho ou tosa também é uma boa prática. Isso não apenas os deixa cheirosos, mas também associa uma experiência positiva à marca na memória do tutor.
Leia também: Conheça sobre cães farejadores e como eles desenvolvem essa característica.
Tato
Permitir que tanto pets quanto tutores sintam as texturas dos produtos é fundamental em uma estratégia de marketing sensorial.
Brinquedos, camas e até roupas para pets devem estar acessíveis para que possam ser tocados e avaliados.
Essa interação tátil ajuda os tutores a fazerem escolhas mais informadas sobre a qualidade e adequação dos produtos.
Além disso, é claro, estar em contato com os produtos pode despertar a curiosidade e o interesse dos pets pelos itens.
Visão
A visão é o sentido mais estimulado em ambientes de compra. A psicologia das cores pode ser utilizada tanto no PDV físico quanto em sites e aplicativos para influenciar o humor e o comportamento de compra dos tutores.
Cores vibrantes podem estimular a energia e alegria, enquanto tons mais suaves promovem calma e confiança.
A disposição estratégica dos produtos, iluminação focada e sinalizações claras também contribuem para uma experiência visual estimulante e convidativa. (3)
Leia também: Estabelecimentos pet: estratégias de marketing para destacar os seus produtos nas prateleiras.
Audição
O ambiente sonoro em clínicas veterinárias pet shops e agropecuárias pode afetar significativamente o bem-estar dos animais e a disposição dos tutores.
Músicas ambiente suaves podem acalmar os pets, especialmente em áreas de maior estresse, como salas de espera em clínicas veterinárias.
E os pets têm bom gosto! De acordo com a veterinária Izabela Gomes, que estuda musicoterapia, os animais se acalmam ao ouvir melodias de grandes mestres da música, como Mozart, Beethoven e Vivaldi. (4)
Já para os tutores, uma estação de rádio própria ou playlists personalizadas criam uma identidade sonora para a marca e podem melhorar a percepção da experiência de compra.
Paladar
Oferecer amostras grátis de alimentos é uma excelente forma de engajar o paladar dos pets.
Isso permite que os animais experimentem e escolham o que mais gostam. Além disso, oferece aos tutores a oportunidade de descobrir novas opções que atendam às preferências e necessidades nutricionais de seus pets.
Ao integrar essas estratégias sensoriais no PDV, pet shops, agropecuárias e clínicas veterinárias conseguem oferecer uma experiência de compra única e memorável.
Essa abordagem holística melhora a interação entre marca, tutores e pets. O resultado é um diferencial competitivo que pode elevar significativamente a percepção de valor e a lealdade do cliente.
E para você ir além do marketing sensorial, leia agora o nosso artigo com dicas de estratégias para destacar alimentos premium para pets no seu estabelecimento.
Referências:
(1) BENITES, Tatiana. Marketing sensorial: como utilizar os cinco sentidos para atrair clientes. São Paulo: Comunica-T, 2016.
(2) REDAÇÃO. As curiosidades surpreendentes por trás do olfato dos cachorros. National Geographic Brasil, 21 jul. 2023. Disponível em: <https://www.nationalgeographicbrasil.com/animais/2023/07/as-curiosidades-surpreendentes-por-tras-do-olfato-dos-cachorros>. Acesso em: 9 fev. 2024.
(3) FRANCISCO, Ed. Psicologia das cores no design. Chief of Design, s.d. Disponível em: <https://chiefofdesign.com.br/psicologia-das-cores/>. Acesso em: 9 fev. 2024.
(4) GOMES, Izabela. Terapia animal: do clássico ao bolero, música acalma os pets. [Entrevista concedida a] VENTURA, Izabela. Hoje em Dia, 5 out. 2013. Disponível em: <https://www.hojeemdia.com.br/minas/terapia-animal-do-classico-ao-bolero-musica-acalma-os-pets-1.210463>. Acesso em: 9 fev. 2024.