No varejo, a forma como os produtos são organizados impacta diretamente no comportamento de compra. Em pet shops, isso não é diferente. A disposição dos itens na loja pode atrair o olhar do tutor, despertar interesse e até aumentar o ticket médio. É aí que entra o Visual Merchandising — uma ferramenta poderosa para transformar a experiência de compra e, claro, vender mais.

Neste artigo, você vai entender como aplicar conceitos simples e eficazes como organização por categoria, zonas de calor e layout convidativo, adaptados à realidade do varejo pet.

Visual merchandising é o conjunto de estratégias visuais que tem como objetivo estimular a compra dentro do ponto de venda. Vai além da decoração: envolve iluminação, disposição de produtos, sinalização, cores, limpeza, ambientação sonora e até aroma.

Segundo o Sebrae (2021), um ambiente bem organizado pode aumentar em até 40% as vendas por impulso — algo muito comum no varejo pet, principalmente com brinquedos, petiscos e acessórios.

Classificar os produtos por categorias e subcategorias facilita a jornada do consumidor dentro da loja e estimula a compra cruzada.

Crie setores como: “Rações”, “Petiscos”, “Higiene”, “Acessórios”, “Brinquedos”, “Medicamentos”.

Dentro das rações, separe por espécie (cão/gato), porte, idade ou funcionalidade (castrados, controle de peso, raças específicas).

Resultado: mais facilidade para o cliente = mais tempo na loja e mais produtos no carrinho.

Zonas de calor são os espaços com maior circulação ou permanência dos clientes. O conceito vem do varejo tradicional e pode ser facilmente adaptado ao pet shop.

Entrada da loja: é onde a atenção está no auge. Destaque lançamentos ou produtos de alta margem.

Balcão e área do caixa: perfeitos para itens de compra rápida, como petiscos, sachês, brinquedos pequenos.

Corredores principais: use sinalização visual (placas, adesivos) para guiar o cliente pelas categorias.

Zonas frias (cantos ou fundos pouco explorados): coloque produtos de necessidade, como areia sanitária ou ração de grande porte, para “puxar” o cliente até lá.

Segundo Paco Underhill (2009), especialista em comportamento de consumo, o cliente percorre naturalmente a loja da esquerda para a direita — portanto, destaque os itens estratégicos nesse caminho.

A organização do espaço físico precisa convidar o cliente a circular com facilidade e explorar os produtos sem se sentir apertado ou perdido.

Evite corredores estreitos, especialmente para quem está com o pet junto.

Posicione prateleiras de forma que o cliente visualize a loja por completo.

Mantenha a loja limpa, bem iluminada e sem excesso de informação visual.

Troque as vitrines e displays com frequência para manter o ambiente atrativo.

No varejo pet, o cheiro da loja pode gerar conforto e permanência. Aromas suaves associados à limpeza e natureza têm efeito positivo no comportamento de compra. Isso é parte do visual merchandising sensorial, que também inclui música ambiente e até texturas (brinquedos de demonstração, por exemplo).

Um bom visual merchandising não precisa ser caro ou complicado. Com pequenas mudanças de disposição, sinalização e categorização, é possível aumentar o tempo de permanência na loja, facilitar a navegação e impulsionar as vendas. O pet shop ideal é aquele onde o tutor encontra o que precisa... e também o que nem sabia que queria.