10/10/2025
Ter um bichinho de estimação é bom para o coração e, ao que tudo indica, também para o cérebro. Pesquisas recentes apontam que conviver com gatos ou cães pode ajudar a manter a mente mais ativa, a memória afiada e até retardar o envelhecimento cerebral.
O que a ciência descobriu
Um estudo da Universidade de Michigan acompanhou mais de 1.300 pessoas acima de 50 anos e descobriu que quem vive com um pet há mais de cinco anos teve melhor desempenho em testes de memória e atenção do que quem não tinha animais. Outro levantamento, publicado na revista Frontiers in Aging Neuroscience, revelou que donos de cães e gatos apresentaram estruturas cerebrais maiores em áreas ligadas à cognição e à emoção o que sugere um cérebro biologicamente mais saudável.
Por que isso acontece?
Cuidar de um animal exige rotina, atenção e empatia. Passear, brincar, dar comida, aprender a entender os sinais do pet... tudo isso estimula o cérebro constantemente. Além disso, a presença de um animal reduz o estresse, melhora o humor e incentiva a socialização fatores que protegem contra o declínio cognitivo.
Cães, gatos e o poder da companhia
Os benefícios parecem aparecer em ambos os casos, mas há pequenas diferenças. Donos de cães tendem a ter melhor memória e atenção, enquanto os de gatos se saem melhor em fluência verbal e vocabulário. O importante é o vínculo: quanto mais próxima e duradoura a relação, maiores os ganhos.
Um remédio natural para o envelhecimento
Ainda que os cientistas reforcem que a convivência com animais não é uma “cura” para o envelhecimento, ela pode ser um ótimo aliado para manter o cérebro jovem além de trazer companhia, amor e alegria para o dia a dia.
Referências
McDonough, I. M. et al. (2022). Pet ownership is associated with greater cognitive and brain health in a cross-sectional sample across the adult lifespan. Frontiers in Aging Neuroscience.
The Guardian (2025). Owning a dog or cat could preserve specific brain functions as we age.
University of Michigan Health and Retirement Study (2022). Long-term pet ownership and cognitive health in older adults.